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Entenda a dinâmica financeira de sua empresa

Toda empresa precisa gerar lucro para se manter no mercado, e essa é uma perspectiva bem clara na visão de quem empreende, que espera ter o retorno sobre o investimento feito. Conceitualmente, a lógica é inequívoca, mas é na prática que a complexidade aparece. Há negócios que geram caixa sem, no entanto, render lucro. O contrário também ocorre: existem empresas sem dinheiro em caixa e que, contabilmente, são lucrativas. Essas situações demonstram que não basta apenas subtrair receitas e despesas para retirar ou reinvestir o que sobra. É preciso avaliar a dinâmica financeira.

Faturamento, lucratividade e fluxo de caixa estão entre os principais indicadores a serem observados para uma análise correta sobre a saúde financeira da empresa. Para isso, é preciso ter informações fidedignas, que vão fundamentar todos os cálculos e a tomada de decisão. Com frequência, porém, o problema começa na obtenção dos dados, pois o empresário não sabe o quanto faturou.

Também é preciso entender que o lucro não vai estar disponível imediatamente após o faturamento. O último é a receita gerada pela venda de produtos ou serviços, enquanto lucro é o que sobra do faturamento depois de subtraídas todas as despesas.

A análise parece elementar, mas requer atenção. Contabilmente, o lucro pode ter sido apurado e estar bem descrito na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) sem estar em caixa. Imagine uma empresa que tenha faturado R$ 100 mil e, dessa quantia, precise considerar despesas no valor de R$ 80 mil. Nesse caso, seu lucro seria de R$ 20 mil. Apesar do lucro apurado, o dinheiro pode não estar disponível em caixa se, por exemplo, a venda foi feita a prazo e só será recebida em 60 dias, mas os custos a pagar junto aos fornecedores ocorrerão em 30 dias.

O que acontece é que, se a retirada de lucro for feita neste momento, o caixa da empresa vai ficar desfalcado em R$ 20 mil. No mês seguinte, será necessário pagar R$ 80 mil aos fornecedores, resultando uma retirada de R$ 100 mil, que só vai ser compensada no mês subsequente – isso se o pagamento pela venda for compensado (em caso de inadimplência, a situação fica ainda mais complicada). Acompanhar esse ciclo e procurar ajustá-lo é outro aspecto necessário na avaliação e retirada do lucro.

A complexidade relacionada ao assunto costuma enfrentar um ponto crítico no processo de crescimento vivenciado por pequenos e médios negócios. Saber diferenciar receita, remuneração do sócio como executivo e lucro, que só vai compor a remuneração se a operação tiver êxito, é fundamental.

Definir o valor do pró-labore requer cautela, para que o empresário não tenha uma remuneração fixa baixa contando com o incremento advindo do lucro. Nessa hora, a análise gerencial da DRE, do balanço e do fluxo de caixa é importante para mostrar se a empresa consegue suportar esse salário.

O ideal é que as apurações contábil e gerencial caminhem juntas para que o empresário não apenas compreenda a movimentação financeira que envolve o lucro da operação, mas também aprimore a tomada de decisões, desenvolvendo estratégias e práticas que vão favorecer a gestão financeira.

Fonte: Contas Informativo – Editora Quarup

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